Mais um mês se inicia e com ele, a volta do nosso quadro dedicado a esse mundo magnífico e tão mágico que é o dos cosplayers... o seu, o meu, o nosso UCBR. Dessa vez, nós do boobuzz vamos conversar e te apresentar uma pessoa tão incrível e versátil que, além de ser cosplay e cosmaker, ela também é estilista, modelista, figurinista e atriz.
Vamos falar de Marina Nóbrega, que com apenas 22 anos, já tem muita coisa pra contar. Acho bacana dizermos que Marina trabalhou lindamente no primeiro cosplay de nosso integrante do site, o Weslen Mateus (ele deu a vida para o personagem Reptile do Mortal Kombat, na BGS 2019). Além disso, também ter feito parte de algumas peças de teatro, criar alguns figurinos e esse ano, fazer parte da escola de samba Gaviões da Fiel. Demais, né?
Então bora ver como ela lida com tudo isso e mais um pouco? Siga a entrevista:
Boobuzz: Pra você, o que é ser uma cosplayer? O que significa pra você, cada personagem que interpreta?
Marina: Porque não cosplay? Acho que onde eu me encaixo tem um tipo de grupo que gosta de experimentar, sou curiosa e quero sempre encontrar novas formas de me expressar. O cosplay foi uma delas, além de outras coisas que eu faço né.
Boobuzz: Por que moda? Ser cosplayer te ajudou a seguir essa carreira?
Marina: O personagem para mim é algo cotidiano, todo mundo é um personagem e a gente veste máscaras para viver em sociedade. Seja no trabalho, seja em família, seja com os amigos, cada grupo tem seu próprio personagem de você mesmo. Eu queria ser atriz na verdade, mas o mais próximo que eu poderia ficar dos palcos e ter uma estabilidade financeira foi através da moda, fazendo figurinos e eu ainda não me descobri, não sei se eu estou na área certa, não sei se eu faço que eu gosto, porque eu gosto de muitas coisas.
Gosto de desenhar, gosto de cantar, gosto de fazer cosplay mas não gosto de costurar, então ainda estou me descobrindo, porém, isso me ajuda muito porque eu aprendi a costurar e modelar e é isso o princípio básico do cosplay né. Foi a partir disso que eu comecei a melhorar porque eu comecei a costura-los.
Boobuzz: Nós sabemos que você participou de algumas peças de teatro, sendo atriz e até mesmo figurinista. Qual peça que já tenha feito que te marcou mais?
Marina: É difícil escolher apenas um, todas tem algo especial pra mim. Mas se for para escolher uma, acho que o musical que fiz com as músicas do Cazuza, & louca vida. Foi um processo bastante intenso descobri muitas coisas sobre mim. Tive de fazer o papel de uma grávida e foi extremamente difícil.
Boobuzz: Como foi a experiência participar das preparações e do Carnaval de 2020? Conte para nós.
Marina: Meu, carnaval é um bichinho que te pica e já era. Você não quer mais parar. Foi um processo cansativo. Os ensaios começaram no fim de setembro 2 vezes por semana e foram aumentando até ter ensaio todos os dias de 3 horas. Na realidade é até um pouco frustrante, ensaiar 5 meses pra 30 minutos de avenida, passa muito rápido, da aquela vontade de quero mais. A única coisa que foi ruim do processo todo foram os figurinos. Recebemos eles no dia do desfile, não tivemos ensaios com eles... Isso sem contar que passamos as últimas horas antes do desfile arrumando eles, colocando pedras, prendendo elásticos e costurando algumas partes. E isso foi nítido na avenida. Capas caindo, e o fogo não funcionando. Nós fizemos de tudo, mas infelizmente tinham coisas que não estavam ao nosso alcance.
Boobuzz: Quantos cosplays já fez e qual o seu preferido? Tem algum projeto futuro para um próximo cosplayer que poderia nos dizer com exclusividade?
Marina: Eu faço cosplay desde 2012 comecei com os “cospobres” que foi a Betty Boop. E ouvi coisas horríveis. Naquela época só tinhas cosplays de anime e poucos de games. Me disseram que não deveria estar vestida daquele jeito que aquilo não era cosplay. E hoje em dia vemos cosplays de desenhos. Eu até pensei, “Meu ela é a mãe dos desenhos, como não fazer uma homenagem a um personagem tão icônico e as pessoas falarem coisas desse gênero?”
Eu não faço muitos cosplays, sempre decido de última hora, uma semana antes e corro atrás para fazer. Se eu for contar acho que foram uns 9. Betty boop, Marceline, Diane do Nanatsu no taizai, Daisy Mario Bros, Nidalee, Magia esquadrão suicida, Ladybug, Grinch,manvis hotel Transilvânia, homem seria do Bob esponja. Quero fazer muitos, mas falta tempo! Provavelmente farei do Fire Force, pois quero mexer com LED. E reformar minha Daisy. A Jinx firecraker tbm seria uma boa pedida. Mas nenhum pra agora. Estou sim com projetos de trabalho na frente.
Boobuzz: Conte-nos sobre alguma experiência que tenha te marcado de alguma forma, em algum evento que tenha ido como cosplayer.
Marina: Essa é fácil, uma vez eu fui uma das entrevistadas de uma matéria para um portal bem grande que iria falar sobre a crise de identidade dos cosplayers. Ela foi bem marcante por que as perguntas que foram feitas não diziam a respeito do tema, diziam sobre o evento em si que estávamos e as perguntas eram coisas que induziam a gente, de maneira negativa, a ter um direcionamento para aquelas respectivas respostas. Foi bem equivocado eles realizarem uma matéria tão prepotente como aquela.
Boobuzz: Você tem alguma inspiração?! Seja para o trabalho como cosplayer, ou em qualquer outra coisa na sua vida?
Marina: Tenho sim, alguns cosplayers que eu sigo como o Leon cos Bárbara Fuzetti, mas eu busco mais em designers inspirações.
Boobuzz: Agora para finalizar, tem alguma coisa que gostaria que nós do boobuzz, fizéssemos? Alguma frase de efeito, ou alguma dica, depoimento que talvez queira passar através do nosso site?
Marina: Universo cosplay pode ser mágico, mas também tem seus problemas. Quando você começar, entenda que as pessoas, elas não estão aptas a comentar porque as pessoas não têm noção de quão difícil é fazer um cosplay, quanto um cosplay gasta dinheiro. Se você começar com “cospobre” fica tranquilo, uma hora você vai melhorando os seus cosplays cada dia mais, e não dê ouvidos para essas pessoas porque tudo na nossa vida é questão de treino repetição e esforço.
O cosplay não é diferente é, usar treinar fazer novas coisas descobrir novos caminhos, tudo isso você descobre fazendo só, não tem receita, tem que fazer para descobrir se vai dar certo e às vezes a forma que você faz é melhor para você que não é para o outro então cada um tem um processo então não dê nunca ouvidos para as pessoas que que só vem para criticar porque eles não sabem o quão difícil é fazer um cosplay.
UCBR (Universo Cosplay no Brasil): A maravilhosa e versátil Marina Nóbrega
Reviewed by Natália Sayumi
on
maio 07, 2020
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Linda e talentosa esta atriz, falta apenas terminar de fazer os personagens do RPG ;)
ResponderExcluirLinda, parabéns...minha filha é apaixonada por cosplay e tem um sonho de um dia fazer um! Parabéns Marina,
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