Lançamento + Entrevista: Confira o bate papo com Over Jack e o seu mais novo hit "Castle of Glass"

Over Jack

ACORDA, PEDRINHO! O mês de junho chegou e com ele, uma grandiosa novidade que vai fazer você dançar loucamente pelas próximas semanas.

A cena eletrônica nacional, como você já sabe, toda hora está recheada de novos hits bombásticos e certamente, você já deve ter ouvido por aí várias tracks recentes, quentinhas, saindo do forno de nomes como ALOK, Dubdogz, Vintage Culture, Cat Dealers, não é verdade? Mas, além desses nomes do “mainstream”, existem também outros projetos mais novos que estão bombando e representando nosso Brasilzão da mesma forma, elevando e muito, a qualidade da música eletrônica, mundo à fora.

Um desses nomes já é carteirinha carimbada aqui no boobuzz e agora, ele vem com um novo trabalho inspirado no hit “Castle of Glass” da icônica banda Linkin Park e tivemos o prazer imenso de, mais uma vez, poder bater um papo com ele, que inclusive lançará com exclusividade esse hit, aqui pra gente, HOJE, dia 3.

Senhoras e senhores, com vocês… OVER JACK! Nós tivemos um papo super legal sobre a sua carreira, maiores inspirações, perspectivas interessantes sobre a cena, além é claro de mais detalhes sobre o seu mais novo trabalho. Bora conferir? Então, sem mais delongas, confira a nossa entrevista exclusiva com o mestre Over Jack:

 

BBEu acredito que muitas pessoas devem perguntar pra você sobre a origem do nome “Over Jack”, não é mesmo? Eu sei que essa pergunta é bem clichê, mas, já quero começar abrindo a série de perguntas com ela até pra galera te conhecer melhor e claro, saber exatamente do nome em seu projeto musical, saber da onde ele você veio e principalmente, suas principais inspirações através dele. Conte um pouco de você, pra nós!

Over Jack: Bom, meu nome é Odemí Rodrigues, sou da cidade de Lavras, Sul de Minas Gerais e eu comecei a minha jornada na música eletrônica na época de escola com um amigo, fazendo um projeto duo com ele. O nome era "Citrax & Sektor", inspirado no Mortal Kombat mesmo, rs.

Depois que comecei a fazer alguns trabalhos solo, ainda continuei com o antigo nome e até fiz minhas primeiras músicas como Citrax, mas, em meados de 2015, mais ou menos ali quando o famoso projeto Jack Ü começou, também na época existia por aqui os "Brazilian Jack", então foi ali que eu percebi que deveria mudar de nome, fazer alguma coisa mais "autoral", chamativa e de alguma forma, me profissionalizar.

Foi assim então, com essas inspirações, que o meu nome "Over Jack" foi criado e a partir dali, adotei sempre uma postura mais séria, estudando e me aprimorando sempre pra ficar cada vez mais profissional.


BB: Como você enxerga atualmente a cena eletrônica nacional? Ela está melhorando com as atuais conquistas internacionais de djs de renome como Vintage Culture, Alok, etc? As oportunidades estão chegando pra todos? Ou está cada vez mais difícil ser dj/produtor aqui no Brasil e consequentemente, tá sendo um caminho bem árduo ainda?

Over Jack: Cara, eu moro em cidade pequena, então realmente existe uma dificuldade enorme pros grandes empresários chegarem, pros nossos trabalhos aparecerem de forma presencial. Eu acredito inclusive, que existam vários outros artistas talentosíssimos, também de cidades pequenas e com essas mesmas dificuldades. Muitas pessoas, até mesmo da sua própria cidade, acabam não compartilhando o seu som por N motivos, talvez falta de crença mesmo, etc. Eu já presenciei muitos colegas próximos a mim desistindo dessa vida, por sinal.

Aí por conta disso, a gente sempre fica com aquele dilema, né? "Pra você aparecer, deve ir pra uma cidade grande", mas, eu acredito que isso não necessariamente precisa ser uma regra. O Vintage Culture mesmo, eu sei que ele é um artista que ajuda bastante e dá muita chance, abrindo espaço pra uma galera nova aparecer, amigos meus inclusive, a lançarem suas tracks em labels famosas e de renome. Um cara do tamanho dele, fazer esse tipo de movimento e jogar uma luz nessa galera, é importante demais.

Uma coisa que veio pra ficar e ajudar bastante também é a internet, algumas plataformas musicais ou até mesmo as de vídeo como Instagram, Tik Tok, que aos poucos estão mudando cada vez mais esse cenário. Mesmo ganhando pouco na maioria das vezes, isso já é uma motivação a mais pra você continuar e saber que está indo no caminho certo, quando, por exemplo, um hit seu acabe bombando em um reels por aí. Tudo isso na minha opinião, fizeram com que essa barreira diminuísse, atualmente. 

 

BB: Ao longo desses anos você já surfou e experimentou várias vertentes do eletrônico e eu pelo menos te considero um produtor bem eclético, um verdadeiro camaleão, além de super talentoso, é claro. Qual é a sua vibe hoje em dia? Qual vertente você está gostando mais de produzir, atualmente?

Over Jack: Bom, eu já fiz várias músicas, de várias vertentes mesmo. Já me aventurei no psy trance, trap, dubstep, house, slap house, inclusive a Castle of Glass é um slap house, pois eu acredito que é o som que a galera gosta de ouvir atualmente. 

É um estilo gostoso de ouvir, de produzir e comercialmente falando, eu enxergo um mercado muito grande pra esse tipo de música. Se for pegar todas as playlists mais ouvidas, toda a hora vai ter um hit com essa pegada, então é meio que natural que a gente produza algo mais ou menos assim, atualmente.

Nós temos que sempre nos atualizar e de certa forma ir pra onde o mercado está pedindo, é um processo natural. Mas, eu também curto um bom Future Bass, Chill, feats mais cantados e tudo isso gira em torno de uma das minhas grandes influencias minhas que são os "The Chainsmokers". Toda aquela vibe que eles fazem, é um som que eu sempre vou me inspirar, mentalizar tudo na minha cabeça, pegar meu computador e já jogar tudo ali pra fazer o meu som. Se for dar um exemplo de alguém que eu gosto, posso dizer que eles fazem um trabalho super legal e que vão muito de encontro com a minha identidade musical.

 

BB: A música “Castle of Glass” fala sobre perdas, dores, dificuldades na vida, mostra que somos tão frágeis e ao mesmo tempo, devemos ser fortes para continuar, apesar de tudo. Se pegarmos a letra e assistirmos ao clipe, vamos ver que todo o enredo é bem reflexivo, emotivo e profundo. Conte para nós, qual foi o seu “start”, a sua maior motivação, pra fazer essa versão incrível dela?

Over Jack: Como um grande fã que sou do Linkin Park, eu acredito que o "start" pra eu poder fazer uma música dessas, até pela tristeza que senti e a profundidade e grande reflexão que a música traz, foi a morte do Chester.

Eu sempre quis prestar uma homenagem a ele, a banda como um todo e mesmo criando essa versão eletrônica, eu acredito que consegui me expressar da melhor maneira, dar o peso que essa música merece e tudo isso sem perder a originalidade. Ambas as versões conseguem passar ao ouvinte, todo esse poder e sentimento que ela tem. 

 

Sweet Acid e o cantor ZVMVR

BB: Essa track é um feat com o produtor SweetAcid, correto? Que inclusive fez um ótimo trabalho contigo, nessa música. O vocal também é absolutamente perfeito! Essa dupla mandou super bem e com certeza contribuiu e encaixou demais para que a track ficasse maravilhosa. Conte para nós, um pouco sobre o Sweet Acid e o cantor ZVMVR, esses dois talentos que te ajudaram nesse hit.

Over Jack: Sobre o Sweet Acid, eu lembro que o conheci em um grupo de produtores e ele acabou postando uma track por lá e logo de cara, aquele seu trabalho me chamou bastante atenção. Eu gosto de fazer feats com produtores novos e talentosos como ele, como eu acabei de criar uma gravadora, eu sei que posso ajuda-lo lá na frente também e assim, de alguma forma, alavancar a cena ainda mais. É um garoto muito promissor e que ainda vamos ouvir falar bastante, pois seu talento é enorme.

Todo o projeto dessa minha track estava meio paradona, fiquei meses mexendo nela e acabei deixando no gelo. Quando o conheci, fiz o convite pra terminarmos juntos, enviei a ele o que tinha feito e rapidamente ele me reenviou e parecia que era exatamente o que faltava pra tudo se encaixar. Ela ficou ainda mais linda e completa, foi muito legal.

Agora sobre o ZVMVR, ele é também um enorme talento que acabei conhecendo recentemente através de um outro amigo meu, que inclusive já emprestou sua voz em outros hits meus, o Jayce Cantor. Ele que me apresentou o ZVMVR, fez essa ponte pra mim e assim, fechamos o vocal pra essa música. Ele já tem inúmeros trabalhos no Spofity, é conhecido e assim que pude conversar com ele, logo falei sobre seu talento, que sua voz e estilo tem uma vibe bem "Justin Bieber", sabe? O cara é fera demais e com certeza faremos outros trabalhos, muito em breve. 

 

BB: Se eu te conheço bem, além do próprio eletrônico, desde sempre você também pega emprestado vários elementos do rock, do punk, do metal, de bandas que você adora pra servir de inspiração em suas obras. Quais outras bandas ou estilos você adora se inspirar para fazer suas tracks??

Over Jack: Desde os meus 3, 4 anos de idade eu adorava batucar em baldes, pratos, adoro percussão e bateria, então o rock é muito natural em mim. Meu pai sempre deixava a tv na MTV, então eu também acompanhava muito os clipes da época, lá em 2003, 2004, do Red Hot Chili Peppers, Linkin Park, Green Day, mas acompanhava também os de Rap, Black, Hip Hop, músicas internacionais como um todo, isso me fez gostar também desses estilos e criar aos poucos, a minha identidade musical.

E sobre as bandas, eu tenho várias que sempre me inspirei: Slipknot, o próprio Linkin Park, Green Day, agora mais recente o Twent One Pilots, Pendulum também, que inclusive é uma banda que eu acho que contribuiu e muito pras minhas produções, até hoje. Com músicas bem melódicas, uma voz mais delicada, uma letra sutil, falando sobre coisas simples ou um relacionamento ou término amoroso, enfim. 

Mas, eu também sou muito eclético, tento sempre pegar e misturar vários elementos na minha cabeça. Eu ouço muita música dos anos 70, 80, muito pop, punk, etc.

 

BB: Essa música foi lançada há 10 anos atrás e é muito louco como ela chega a ser tão atemporal, né? Principalmente com guerras pequenas em várias partes do mundo e mais recente, com essa gigante que explodiu no Leste Europeu entre Rússia e Ucrânia. Na sua opinião, ela de certa forma serve de reflexão para o que estamos vivendo hoje? Com todo esse clima de tensão e ódio exacerbado de todos os lados?

Over Jack: O clipe retrata muito bem ali como é cruel uma guerra, né? Onde pessoas comuns, tem suas vidas completamente mudadas por tragédias, como por exemplo, o pai não retornar mais para a casa e você, infelizmente, pode também ser o próximo a não voltar. Então sim, porém, não somente nesse cenário de guerra a Castle of Glass serve de reflexão e sim, sobre vários outros olhares e perspectivas.

O clipe da minha versão da Castle of Glass, por exemplo, vai retratar outra visão. A personagem está em um mundo pós apocalíptico, tendo que viver ali, no momento em que acontece, a sua tragédia particular, também como sobrevivente de uma guerra. Uma guerra bem diferente do que conhecemos, que também pode ser vista sob outros ângulos, olhares, interpretações e aspectos, mas, podemos considerar como guerra. 

 

BB: Nós do boobuzz adoramos esse link que sempre existe entre música e games. A Castle of Glass original feita pelo Linkin Park, faz parte da trilha sonora do jogo “Medal Of Honor: Warfighter”, que lançou inclusive no mesmo ano da música. O quanto você adora vídeo games, se te inspiram e se gostaria que alguma track sua fosse parar algum dia, em algum game? E se sim, imagina qual game seria?

Over Jack: É muito fod* que me perguntem isso, pois, vocês sabiam que quando eu faço alguma música, eu sempre penso também pra qual finalidade ela poderia se encaixar? A minha Castle of Glass mesmo, poderia muito bem se encaixar e ser trilha sonora de algum game mobile, por exemplo.

Então os games me inspiram sim, sempre me inspiraram, eu posso citar dois aqui que são antigos, mas que eu joguei muito e adorava: BMX, e Guitar Hero, entre vários outros. Portanto, já fiz várias músicas que poderiam muito bem entrar em qualquer trilha sonora de games e seria super legal se isso acontecesse sim, porém, acredito que não só em jogos e sim, em até filmes e séries. Existem várias músicas minhas, que são bem parecidas com as que vemos por aí em várias obras audiovisuais, então acredito que sim e seria incrível, claro, se isso acontecesse um dia.

Uma coisa bem legal de citar também sobre essa pergunta é que eu jogo muito Rainbow Six e ali no chat mesmo do game, eu divulgo minhas músicas novas e o mais incrível é que realmente a galera abraça e escuta, apoia, começa a te seguir, é curioso e legal, ao mesmo tempo.

 

BB: Após esse maravilhoso lançamento então, quais serão os próximos passos do Over Jack? Já pode nos dar uma pista sobre algumas novidades que virão por ai?? Alguns feats ou algo do tipo?

Over Jack: Bom, eu quero deixar a maioria no sigilo ainda, pois, muitos trabalhos ainda estão em processo de produção. Mas, já posso adiantar que farei outro trabalho com o ZVMVR, um remix de uma track famosa, além de um EP com o Sweet Acid, onde também teremos por lá vários feats bem legais, de cantores conhecidos, nos ajudando nesse projeto.

 

Por fim, para finalizarmos com chave de ouro esse bate papo incrível, conforme prometido lá em cima, confira com exclusividade a nova "Castle of Glass", produzida por Over Jack, Sweet Acid e com vocais de ZVMVR:


Lançamento + Entrevista: Confira o bate papo com Over Jack e o seu mais novo hit "Castle of Glass" Lançamento + Entrevista: Confira o bate papo com Over Jack e o seu mais novo hit "Castle of Glass" Reviewed by Redação on junho 03, 2022 Rating: 5

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